sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

61 - XIV EDIÇÃO DOS JOGOS SUL-AMERICANOS ESCOLARES- 2008

14ª edição dos Jogos Sul-Americanos
Escolares em Montevidéo na capital Uruguaya.

Cerca de 150 jovens atletas brasileiros de 12 a 14 anos estão em Montevidéu, no Uruguai, para participar da 14ª edição dos Jogos Sul-Americanos Escolares, que começam nesta segunda-feira (1°). A equipe do Brasil é formada pelos campeões das Olimpíadas Escolares de 2008, realizada em Poços de Caldas (MG), em setembro.
Os estudantes vão disputar provas de atletismo, basquete, handebol, xadrez e vôlei. Para o presidente da delegação e diretor do Departamento de Esporte de Base e de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, André Arantes, os jogos escolares internacionais são importantes para a descoberta de novos talentos.

Esse pessoal é muito novo e já é fruto de um processo seletivo que começou nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Temos aqui atletas de todas as regiões e a maioria deles sai pela primeira vez para participar de um evento internacional, afirmou em entrevista Agência Brasil.
Em 2007, a competição foi realizada no Chile e o Brasil foi campeão geral dos jogos, com 25 medalhas de ouro, 24 de prata e 13 de bronze. Arantes acredita que os atletas brasileiras vão repetir o bom desempenho em Montevidéu.

O Brasil ainda negocia sediar as próximas edições do evento. O presidente da delegação destaca que o Sul-Americano Escolar também tem a função de incentivar o esporte dentro das escolas.
Quando a gente olha para o esporte na escola, deve olhar com uma visão dupla. Primeiro, ele democratiza o acesso ao esporte porque faz com que a maior parte das crianças participe de jogos escolares e municipais. E, ao mesmo tempo, a escola permite que os talentos possam se desenvolver e participar de competições cada vez mais representativas, avalia.

Os Jogos Sul-Americanos Escolares seguem até 5 de dezembro.
O evento acontece de 30 de novembro a 06 de dezembro na cidade de Montevidéu, no Uruguai, e contará com atletas de 12 e 14 anos de 10 países da América Latina. Brasil e o anfitrião Uruguai ,estarão presentes a Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela.

A abertura do evento aconteceu na segunda-feira (30/11) às 19:00hs, horário local.

Os atletas brasileiros já começaram a competir nas modalidades de Handebol, Voleibol, Basquetebol, Xadrez.
A equipe de xadrez que representa o Brasil é formada por: Jardim Daphne, Supi Luis, Silva Julia e Cassemiro Joao
O Horário das partidas : 09:00 e 14:30 (Masculino/Feminino)

60 - N’XUVA - O XADREZ AFRICANO














foto, alunos do Colégio Estadual Pilar Maturana.
O colégio fi ca localizado no Bairro Alto em Curitiba.


Jogado nas aldeias, tanto por crianças como por adultos, o N’txuva revela uma forma de pensar dos africanos
Cantado por Bob Dylan, redigido em versos e prosa por José Craveirinha, Luís Bernardo Honwana e Mia Couto, estampado nas técnicas do batik, Moçambique é relem­brado, em Irati, pelo engenheiro florestal, mestre em Ciências Florestais e professor do Colégio Florestal Estadual Presidente Costa e Silva, Alberto Tomo Chirinda.

É de lá que Chirinda mostra a contribuição da cultura africana para a educação brasileira, sobretudo para o ensino da matemática, por meio do jogo N'txuva.
De acordo com Chirinda, não há idade para começar a aprender a jogar o N'Txuva. Ele sugere que seja a partir dos 7 anos, quando a criança está em pleno desenvolvimento das capacidades intelectuais e motoras.

"O jogo tem uma natureza guerreira, pois, semelhante ao xadrez tradicional, o jogador tem de criar estratégias para vencer os inimigos.
A criança fica fascinada com a capacidade que acumula de criar estratégias seguras para resolver problemas reais e atingir seus objetivos, pois todas as habilidades - a memória, a atenção, o raciocínio aritmético - são valorizadas hoje e serão importantes no futuro dela", destaca.
O N'txuva é um jogo de tabuleiro milenar espalhado por toda a África e é jogado tanto por crianças como por adultos.
O jogo foi pa­tenteado por Chirinda em 2004. Como é afri­cano, mostra a forma de pensar daquele povo e, por isso, já foi comprado por cerca de 40 escolas municipais de São José dos Pinhais-PR.
Agora, o tabuleiro está com um professor que faz parte da comissão do Ministério da Educação (MEC) para ser avaliado e, quem sabe, adotado pelo ministério.
O professor acredita que o N’Txuva pode contribuir para desmistificar a maneira como o continente africano é abordado nas escolas.
"Os professores falam da África de modo equivocado. Muitos não conhecem e não foram ensinados sobre a história do continente africano.
A África é um continente com muitas realidades diferenciadas. Eles falam só a historia que conhecem – a fome e miséria - e pensam que estão fazendo sua parte, mas a África não é só o que a mídia transmite”.
O N’Txuva pode contribuir para desmistificar a maneira como o continente africano é abordado nas escolas.


Regras do Jogo de Tabuleiro N'txuva

O presente Jogo de Tabuleiro consiste de 04 fileiras e de 06 colunas de casas. A cada jogador pertencem 02 fileiras e suas respectivas colunas.
As fileiras internas são denominadas de Ataque.
As fileiras externas são denominadas de Defesa.
As jogadas no Tabuleiro N'txuva são feitas obrigatoriamen­te no sentido Anti-horário (contra o sentido dos ponteiros do relógio).
O jogo tem 02 fases. Na primeira fase só é permitido iniciar a jogada a partir de casas com mais de uma peça (2, 3 ou mais); na segunda fase, as casas ficam com apenas 01 peça, aí sim poderá movimentar 01 peça por vez, sendo proibido juntar estas peças.


Objetivo do Jogo

O objetivo do N'txuva é de que a última peça em mãos caia em uma casa vazia da fileira interna do tabuleiro (ataque) eliminando as peças do adversário. Este objetivo é conseguido por meio de cálculos aritméticos simples e pela criação de estratégias.

Como jogar?

1 - Preenche-se o tabuleiro com apenas 02 peças em cada casa.
2 - Pegam-se todas as peças de uma casa e distribui-se pelas casas imediatamente à esquerda, deixando-se apenas 01 peça em cada casa. A casa inicial fica vazia.
3 - Caso a última peça em suas mãos caia em uma casa com alguma(s) peça(s), recolhem-se todas as peças dessa casa e continua-se a distribuição até que a última peça caia em uma casa vazia.
4 - Duas situações podem acontecer quando a última peça cair em uma casa vazia:
4.1 - se a referida casa estiver na fileira externa (defesa), a jogada termina e é a vez do adversário jogar;
4.2 - se a casa vazia estiver na fileira interna (ataque), e:
4.2.1 – se houver, pelo menos, uma ou mais peças na casa da fileira interna (ataque) ou nas duas casas na coluna correspondente do adversário, eliminam-se essas peças retirando-as para fora do tabuleiro.
4.2.2 - se as duas casas da coluna do adversário estiverem vazias ou a casa interna estiver vazia, mesmo que a casa da fileira externa contenha peças, a jogada termina e é a vez do adversário jogar.
5 - O jogo continua com cada jogador definindo alvos, fazendo cálculos e criando estratégias para tentar eliminar as peças do adversário, sempre obedecendo ao item 4.2
6 - No N'txuva não há jogadas obrigatórias e é permitida a "fuga" sempre que tivermos as peças ameaçadas pela jogada seguinte do adversário.
7 - Depois de seguidas eliminações e retiradas de peças do tabuleiro, chega-se na 2ª Fase onde as casas ficam com apenas uma peça. Nesta fase as peças são movimentadas individualmente, de casa em casa, eliminando as peças das casas /colunas do adversário que estiverem na sua trajetória.
8 - O jogo termina quando um dos jogadores consegue eliminar todas as peças do adversário.
Fase Avançada: No início do jogo é possível estabelecer uma regra entre os jogadores para que em cada ataque vitorioso, o jogador tem direito a uma retirada adicional, isto é, o jogador escolhe uma e apenas uma casa e retira as peças nela contidas. Esta retirada funciona como quebra de estratégia do adversário

fonte:http://www.app.com.br/portalapp/uploads/publicacoes/raca_classe_06_site.pdf e http://ntxuva.blogspot.com/

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

59 - 75 CAMPEONATO BRASILEIRO DE XADREZ








Inicio no domingo dia 07 de dezembro de 2008 com a 1 rodada as 15:00hs.
Término na terça-feira dia 16 de dezembro de 2008 a 11 rodada as 10:00hs.
local: Sinagoga União Israelita Porto Alegrense, rua: Barros Cassal, 750 Porto Alegre-RS.

Premiação no total de R$ 15.000,00, assim distribuídos:
1º R$ 5.000,00 + troféu
2º R$ 3.000,00 + troféu
3º R$ 1.500,00 + troféu
4º R$ 1.000,00
5º R$ 800,00
6º R$ 700,00
7º R$ 600,00
8º R$ 600,00
9º R$ 500,00
10º R$ 500,00
11º R$ 400,00
12º R$ 400,00
Obs.: Os prêmios individuais, não serão somados nem divididos.

Participantes: Classificados/Convidados
1- Silvio Eduardo Oliveira - 2345
2- MI Jorge Bittencourt - 2455
3-GM Rafael Leitão - 2590
4-GM Gilberto Milos - 2593
5-GM Giovanni Vescovi - 2635
6-GM Alexandr Fier - 2581
7-MI Andre Diamant - 2412
8-GM Darcy Lima - 2488
9-MI Krikor Sevag Mekhitarian - 2511
10-MI Diego Rafael Di Berardino - 2503
11-Allan Gattas - 2223
12-MF Carlos Alberto Barreto Filho - 2300.
Emparceiramento completo e mais detalhes da competição acesse o site oficial

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

58 - O XADREZ E A EDUCAÇÃO








"O ensino do xadrez ministrado em crianças, adolescentes e jovens, tem sido bastante proveitoso, pois os tornam mais pensantes e reflexivos"
Celso Renato








O Xadrez e a Educação

Ana Cristina von Calmbach

O processo educacional vem sendo questionado e submetido a transformações em decorrência das novas descobertas que ocorrem nas ciências humanas, biológicas e sociais. A preocupação atual dos educadores é não somente transmitir conteúdos, mas criar condições para que se desenvolva no educando a autonomia, o pensamento crítico e criador, a iniciativa e a capacidade de resolver os problemas com que poderá se confrontar na vida cotidiana. Ciências modernas, como a Heurística, a Cibernética e a Praxiologia, vêm experimentando novos métodos para a resolução de problemas de alta complexidade. Neste particular, um dos instrumentos mais utilizados é o jogo de xadrez, que tem servido para desenvolver "máquinas pensantes" mais potentes e programas de maior eficiência. Uma pergunta surge naturalmente: Se o xadrez é bom para ensinar as máquinas, a "pensar", porque não incluí-lo diretamente no processo pedagógico que visa ensinar as crianças a pensar? Pedagogos vêm tentando introduzir a disciplina de Filosofia no ensino fundamental. Não será mais útil ensinar Lógica com o auxílio dos instrumentos empregados na resolução dos problemas apresentados pelo xadrez? Por que não incorporar o seu ensino ao currículo, como matéria regular, com a finalidade de aprimorar a capacidade de raciocínio e contribuir para o aprendizado das matérias de cunho científico ou cultural? O xadrez escolar é o que tem propostas pedagógicas. Não visa a ensinar a conduzir uma partida ou ganhar medalhas em competições de caráter esportivo. É uma matéria que ensina as técnicas de resolver problemas de grande complexidade, utilizando como instrumento auxiliar os problemas típicos do jogo de xadrez. Aproxima-se do que modernamente se conhece como Heurística, ou seja, a ciência do pensamento criador. Além disso, experiências internacionais demonstram que o aprendizado e prática do xadrez desenvolvem várias habilidades indispensáveis à plena realização do individuo como membro da comunidade, habilidades essas que são uma das finalidades do processo educacional moderno.Torna-se necessário, todavia, desconstruir a aura que envolve o xadrez como um simples jogo e enfatizar o fato de que, usado como instrumento de educação, o xadrez estimula na criança o aparecimento de diversas características que influenciam o comportamento em geral, o que muito contribui para diminuir a violência escolar, construir o caráter e desenvolver atitudes favoráveis ao convívio social - entre as quais, a atitude de compartilhar o seu pensamento, o seu raciocínio, suas opiniões e idéias com os companheiros. Nas situações de aprendizagem do xadrez a criança aprende a organizar seu pensamento verbalmente. O "problema" adquire um sentido importante, quando as crianças buscam soluções e discutem-nas com as outras crianças. É um fato comprovado na prática que todas as crianças adoram jogar. O jogo é o mais motivador instrumento do repertório de um bom professor, sendo que os jogos que apresentam as caraterísticas ideais para seu uso como recurso didático são os jogos de regras. O xadrez, em particular, motiva as crianças a se tornarem solucionadoras de problemas e a empregar grande parte de seu tempo jogando sossegadamente. Crianças que normalmente não ficariam 15 minutos quietas, em uma sala de aula do tipo tradicional, são capazes de se manter entretidas durante horas imersas em raciocínio lógico O xadrez, por suas características, desenvolve a capacidade de o jogador ponderar, analisar e decidir cada lance, refreando, assim, os atos impulsivos Desta forma, constantemente, o jogador é obrigado a praticar a tomada de decisões que serão fundamentais para o êxito na partida, ensinando a criança a investigar, a prever e a planejar cada lance. O xadrez proporciona uma grande variedade de problemas de diversas qualidades. O contexto é familiar, os temas se repetem mas as condições são específicas a cada situação. Desta forma o xadrez é um grande manancial estimulador da pesquisa e do conhecimento e se encaixa perfeitamente na concepção piagetiana a respeito dos jogos, por ser um jogo de regras, e, como tal, englobar características dos jogos de exercício e dos jogos simbólicos. Vygotsky e os cientistas da escola russa, ao proporem a introdução do jogo nas escolas, mostram quais são as características principais que os jogos devem possuir para serem bons recursos didáticos. Para eles o jogo ideal a ser usado como auxiliar pedagógico deve ser definido pelos seguintes critérios:
1) aos objetos utilizados devem ser conferidos significados diferentes do que normalmente eles possuem;2) a situação deve ser imaginária; 3) os participantes realizam ações que representem interações presentes na sociedade em que vivem; 4) as regras que orientam o jogo devem ser respeitadas.
O jogo de xadrez é um jogo completo, pois se encaixa perfeitamente nesses moldes colocados por Vygotsky para o jogo ideal, porque:
1) Confere significados diferentes aos objetos utilizados:
O xadrez é jogado em um tabuleiro de 64 casas de cores alternadas que representa um campo de batalha onde dois "exércitos" deverão se defrontar. As peças constituintes do jogo representam reis, rainhas, cavalos, bispos, peões e torres.
2) Oferece uma situação imaginária:
A situação é a de uma guerra onde o objetivo é a captura do Rei adversário.
3) As ações são representativas da sociedade:
As ações consistem em aumentar o auxílio mútuo entre suas peças e diminuir o poder das peças do adversário. Trata-se de uma competição onde poderão ser enfatizados os aspectos da cooperação e da organização. A situação, embora imaginária, poderá, de acordo com o tipo de orientação do professor, ser deslocada para exemplificar situações vividas nas experiências comuns da vida cotidiana.
4) Exige o respeito às regras:
Cada jogador tem que esperar sua vez de jogar e cada peça possui um tipo de movimento diferente, cuja obediência é necessária para que o jogo possa se realizar.
Só por isso, o xadrez já se qualifica como um precioso coadjuvante escolar, uma vez que os conhecimentos adquiridos ao estudar e aplicar as regras do jogo podem ser transferidos para o estudo e análise das situações concretas da vida cotidiana. O xadrez não é, em si, um instrumento de educação formal, mas se tomarmos as peculiaridades deste jogo e as projetarmos, uma a uma, ao campo educativo, constata-se que suas características se convertem em outras tantas funções educativas. Tenha-se em conta que o xadrez cria hábitos de estudo, estimula a atitude de proceder com método e fomenta o desejo de superação mediante o conhecimento. Parece não restar dúvida tratar-se de um poderoso auxiliar pedagógico que catalisa várias disciplinas e desenvolve nos alunos o raciocínio lógico e o pensamento criador. Estimula a autonomia de pensamento e coaduna-se perfeitamente com as propostas da educação com o auxílio de jogos. ==//==Brevemente, divulgaremos outros trabalhos alusivos ao Xadrez Escolar.


fonte devidamente autorizada pelo Prof. Sylvio Rezende: http://www.apetx.org.br/

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

57 - A DEFESA CÂMARA, CRIADO PELO MI HÉLDER CÂMARA ENTRE 1952 E 1953


Defesa Câmara é a denominação de uma defesa de xadrez, criada pelo MI Hélder Câmara entre os anos de 1952 e 1953, aparecendo oficialmente em 1954, durante o Torneio Nacional Comemorativo do IV Centenário da Cidade de São Paulo e o XXII Campeonato Brasileiro de Xadrez de 1954, também realizado em São Paulo. A Defesa Câmara originalmente era conhecida como Defesa HC, atualmente sendo também conhecida como Defesa Brasileira.
A Defesa Câmara é uma defesa híbrida, combinando elementos das Escolas Ortodoxa e Hipermoderna de Enxadrismo.
Este sistema defensivo foi utilizado por Hélder Câmara para a obtenção de seu título de Mestre Internacional, no sul-americano de 1972, realizado em São Paulo, e no Magistral de Nethanya de 1973, em Israel.
Sobre as diversas denominações pelas quais a defesa é conhecida, Hélder Câmara, em sua obra-prima Diagonais, defende vigorosamente a adoção da expressão Defesa Câmara como aquela que deve ficar com o status de oficial:
A Defesa Câmara (1 e4 e5 2 Cf3 De7!?) tem sua origem entre os anos de 1952 e 1953, aparecendo oficialmente em 1954, durante o Torneio Nacional Comemorativo do IV Centenário da Cidade de São Paulo (out/1954) e o XXII Campeonato Brasileiro de Xadrez de 1954 (nov-dez/1954), realizados em São Paulo. Naquelas ocasiões, em três partidas, consegui uns injustos 50% de aproveitamento, quando na realidade devia ter ganho a primeira delas e perdido as outras duas.Desde a época em que conseguira reproduzir as partidas da revista soviética Sharmaty Bulletin, guardadas em casa pelo meu pai, isso por volta de 1947, eu me deixei fascinar por uma defesa que a partir de então adotava em qualquer oportunidade: a Índia do Rei.
Os meus parceiros naqueles tempos do antigo Centro Enxadrístico do Clube dos Diários, em Fortaleza (Ceará), sabiam da minha idolatria por essa defesa e, assim, por esperteza ou pirraça, só começavam suas partidas contra mim com 1 e4.
Aos poucos, porém, fui-me apercebendo de que a Índia do Rei não era uma defesa subordinada a regras ortodoxas, obedecendo à imperiosidade de lances ordeiros e precisos, mas um maleável esquema defensivo. E observei também que a sua formação estrutural podia ser concluída independentemente da linha de jogo adotada pelas brancas.
Na India do Rei, estabelecida a sua formação básica (...Cf6, g6, Bg7, d6, 0-0, e5, Cbd7, c6), as pretas devem eleger um plano de jogo. Elas podem pressionar o centro com 9...exd4 e 10...Te8; podem garantir a casa c5 para o seu cavalo de d7 com 9...a5; ou podem manter a tensão central com 9...Dc7 ou 9...De7 (!). E é exatamente aí que nasce a Defesa Câmara: uma inversão de nove lances capaz de garantir, com um quase imperceptível disfarce, o emprego do esquema índio contra a abertura peão-rei.
O detalhe insólito da minha defesa é que ela, além de oferecer um meio de jogar a Índia do Rei contra 1 e4, ainda proporciona um verdadeiro impacto ao contrariar os mais elementares princípios da teoria das aberturas: a dama, desenvolvida prematuramente para defender um simples peão, não apenas se expõe a eventuais ataques de peças menores, como impede a saída natural do bispo de f8.
Outro detalhe importante: um jogador que não conheça esse esquema defensivo, ao defrontar com alguém que o empregue, por certo imaginar-se-á diante de um neófito. E fatalmente não se comportará com a necessária determinação, como faria contra um adversário de presumida força média ou superior.
Com relação a datas, o ano de 1953 é fundamental no comportamento técnico da India do Rei. Embora existissem os antecedentes das partidas Taimanov-Aronin (1-0 in 40) e Taimanov-Bronstein (1-0 in 41), ambas do 20º Campeonato da URSS, Moscou 1952, foi somente após a famosa partida Najdorf-Gligoric, Mar Del Plata, 1953 (0-1 in 48), que a novidade teórica 7...Cc6 (1 d4 Cf6 2 c4 g6 3 Cc3 Bg7 4 e4 d6 5 Cf3 0-0 6 Be2 e5 7 0-0 Cc6! N) adquiriu um enorme e definitivo destaque internacional e passou a ser considerada como a melhor continuação nesta linha, razão pela qual os “indianistas” em sua quase totalidade deixaram de adotar o superclássico 7...Cbd7. Por isso, deve-se estabelecer a idéia norteadora da Defesa Câmara como anterior a 1953!
No histórico de seu opúsculo monográfico sobre a Defesa Brasileira, editado em 1969, logo nas primeiras linhas, o autor Washington de Oliveira escreveu: “O lance 2...De7 foi sugerido, em 1954, pelo atual vice-campeão brasileiro Hélder Câmara quando, na Guanabara, analisava partidas com Almeida Soares, Sílvio Mendes, Nilo Coelho e outros”. A redação desse histórico, porém, devia ser inteiramente outra, ou seja, “o lance 2...De7 foi mostrado em 1954 pelo atual vice-campeão brasileiro Hélder Câmara quando, no Distrito Federal de então, reproduzia as partidas jogadas por ele contra Manoel Madeira de Ley (½-½), José Thiago Mangini (1-0) e Waldemar Santacruz de Oliveira (0-1), em competições realizadas em São Paulo, de onde acabara de chegar”.
De fato, quando pela primeira vez eu vim para o sul do País (1954), vim com a finalidade única de participar do Torneio Nacional Comemorativo do IV Centenário da Cidade de São Paulo. A minha defesa deveria servir como um marco enxadrístico para aquela data memorável. Circunstancialmente, um mês depois desse torneio comemorativo, joguei também o XXII Campeonato Brasileiro, quando experimentei por duas vezes mais o meu sistema defensivo. Na volta, sim, aproveitando o convite dos meus parentes no Rio de Janeiro, ali demorei-me uns três meses antes de regressar para Fortaleza em princípios de 1955. E só voltei para o sul definitivamente em 1957.
Em 1957, agora radicado no Rio de Janeiro, passei a freqüentar o maior centro de xadrez do País naquele tempo, o Olympico Club. Nas minhas primeiras semanas cariocas, com a sofreguidão própria dos meus 20 anos de idade, passava tardes e até noites inteiras em alucinantes sessões de xadrez relâmpago (partidas de 5 minutos).
No meu repertório teórico, entre violentos gambitos e variantes inusuais ou desconhecidas, estava, é claro, a Defesa Câmara, utilizada por mim à exaustão. Mas logo não faltou que se apressasse na dolorosa observação:
Olhem, ele também conhece a Defesa Brasileira!
Naquele exato momento, como se um raio atravessasse a minha mente, compreendi que se haviam aproveitado da minha ingenuidade para a vaidosa satisfação pessoal de alguns que jamais pensaram em me ver de volta reclamando os frutos da minha inspiração. Mas o nome de Defesa Brasileira já contava com o aval dos desinformados e com a minha desesperada e impotente indignação.
Naquela época, em termos de xadrez, eu ainda não obtivera nenhum título relevante e, assim, a minha voz não era bastante forte para reclamar daquela esbulhação.
Em 1958, tornei-me campeão carioca. Desde então, as pessoas que conheciam a verdade histórica desse meu esquema defensivo passaram a chamá-lo de Defesa HC, como era originariamente conhecido. Depois, porém, em homenagem ao nome da única família que revelou dois irmãos (Ronald e Hélder) campeões brasileiros de xadrez, aliás, bi-campeões, passei a denominá-la de Defesa Câmara – que é o nome pelo qual ele deverá ser conhecida na posteridade.
Com relação à sua prática, devo registrar que eu a empreguei inclusive para obter o meu título de Mestre Internacional, no Sul-Americano de 1972, em São Paulo, e na minha única participação individual fora do Continente Sul-Americano, em 1973, no Magistral de Nethanya, em Israel. Isso para não dizer dos inúmeros campeonatos estaduais e nacionais, além de outras provas de menor vulto, embora também oficiais.
O economista Luís Nassif publicou um artigo na Folha de S. Paulo (22.07.93) intitulado “Os salários e a abertura brasileira”, relatando que “No Interzonal de Xadrez de 1972, a maior inovação brasileira não foi Mequinho. Foi um mestre internacional criativo e muito louco (no tabuleiro) chamado Hélder Câmara, sobrinho do arcebispo, que lançou oficialmente para o mundo a abertura brasileira. Consistia em mover a dama no segundo lance – uma heresia para os especialistas. Qual era o lance seguinte?
Não me perguntem, porque ainda não pensei’, respondia o enxadrista”.
Com isso, Nassif estabelecia uma correlação entre a minha temerária e heterodoxa defesa (que ele confundiu com abertura) e um plano econômico do governo Itamar Franco de reajuste integral de salários – indagando e ao mesmo tempo duvidando “se alguém pensou no lance seguinte e se tem coragem de expor a sua conclusão”.
Na realidade, não posso deixar de concordar com Nassif de que os economistas contratados por quase todos os nossos governos vivem atrapalhados, sem conseguir aliviar as aflições do povo brasileiro. Mas com uma ressalva: eu sempre soube muito bem que lance seguinte devia fazer na minha defesa.
Mercê dos inestimáveis préstimos do amigo Dr. Semi Ammar, que guardara em seus preciosos arquivos não apenas os boletins
do “Torneio do IV Centenário da Cidade de São Paulo”, mas também os do “XXII Campeonato Brasileiro Individual de Xadrez”, ambos de 1954, podemos recuperar estas raridades históricas, as primeiras partidas da Defesa Câmara, que, desconhecida àquela época, recebeu a coerente denominação de Defesa Irregular...


1. Manoel Madeira de Ley (SP) x (CE) Hélder Câmara (4ª rodada, Torneio do IV Centenário da Cidade de São Paulo, SP, 19.10.54 – Defesa Câmara, C 40) 1 e4 e5 2 Cf3 De7!? N 3 Bc4 g6! 4 Cc3 c6 5 d3 Bg7 6 a4 Cf6 7 h3 0-0 8 Be3 Td8 9 Bg5 h6 10 Bxf6 Dxf6 11 0-0 d6 12 Dd2 Bxh3! 13 Ch2 Be6 14 Rh1 d5 15 Ba2 d4 16 Ce2 Bxa2 17 Txa2 De6 18 Taa1 c5 19 f4 f5?! 20 exf5 gxf5 21 fxe5 Bxe5 22 Cf4 Df6 23 Df2 Tf8 24 Tae1 Cc6 25 Df3 Tf7 26 Dd5 Td8 27 De6 Dxe6 28 Cxe6 Td5 29 Cf4 Bxf4 30 Txf4 Te5 31 Tdf1 Te2 32 T1f2 Txf2 33 Txf2 Ce5 34 Te2 Cg4 35 Cxg4 fxg4 36 Rh2 Rg7 37 Rg3, ½-½.



2. José Thiago Mangini (RJ) x (CE) Hélder Câmara (4ª rodada, XXII Camp. Brasileiro de Xadrez, SP, 30.11.54 – Defesa Câmara, C 40) 1 e4 e5 2 Cf3 De7!? 3 Bc4 g6 4 0-0 Bg7 5 d4 d6 6 dxe5 dxe5 7 b3 c6 8 Ba3 Df6 9 Cc3 Bg4 10 Be2 Bxf3 11 Bxf3 Ce7 12 De2 Cc8 13 Bg4 Cb6 14 Tad1 Bf8 15 Bc1 Bb4 16 Td3 0-0 17 f4 exf4? 18 e5 De7 19 Ce4 Cd5 20 Bxf4 Cxf4 21 Txf4 Td8? 22 Txd8+ Dxd8 23 Cf6+ Rg7 24 Txb4, 1-0.
3. Waldemar Santacruz de Oliveira (PE) x (CE) Hélder Câmara (9ª rodada, XXII Camp. Brasileiro de Xadrez, SP, 06.12.54 – Defesa Câmara, C 40) 1 e4 e5 2 Cf3 De7 3 b3 d6 4 Cc3 c6 5 Be2 g6 6 d3 Bg7 7 Bg5 Cf6 8 h3 Cbd7 9 Dd2 h6 10 Be3 d5 11 exd5 cxd5 12 d4 e4 13 Ch2 a6 14 0-0 Cb6 15 f3 Ch5? 16 fxe4 Cg3 17 Cxd5 Cxd5 18 exd5 Cxf1 19 Txf1 0-0 20 Bd3 g5 21 c4 f5 22 c5 f4 23 Bf2 h5 24 Bc4 Df6 25 Td1 g4 26 hxg4 Bxg4 27 Te1 Tae8 28 Txe8 Txe8 29 a4 f3 30 g3 Rh8 31 Cxg4 hxg4 32 d6 Df7 33 d5 Db1+ 34 Bf1 Dg6 35 Db4 Df5 36 Dxb7 Dc2 37 d7? Dxf2+!,
0-1.

fonte: livro Diagonais – Crônicas de Xadrez (Saraiva, 1996).

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

56 - PROPONHO UMA SIMPLES REFLEXÃO, NEM TUDO É FESTA!


O Campeonato Interclubes 2008 da FEXERJ foi um sucesso, enxadristas renomados marcaram presença, neste que é sem duvida o principal evento do calendário carioca de xadrez.
1 GM, 7 Mis, 9 MFs, muitas equipes e pessoas agregadas estiveram nos dias 29 (sábado) e 30(domingo) de novembro de 2008 nas dependências da AABB-Tijuca, onde o evento aconteceu neste ultimo final de semana.
O local estava abarrotado de pessoas, e como diz meu amigo Maia no seu conceituado Blog, na postagem de numero 140, denominada Interclubes 2008: Interclubes é legal para rever pessoas bacanas!.
O ambiente foi de muitas pessoas tramitando para lá e pra cá, atentos as partidas, principalmente as que aconteciam na mesa 1, onde a equipe Classe “A” do Clube de Xadrez Grande Roque permaneceu durante todas as 6 (seis) rodadas. Dirigentes, representantes e capitães de equipes dos clubes participantes, juntamente com os atletas, articulavam, definiam e especulavam sobre suas estratégias para as partidas, sempre de olho no resultado de cada rodada, “figurinhas carimbadas” conhecidas do xadrez carioca, observavam tudo atentamente, ou para simplesmente não deixarem de estarem a par dos fatos, ou até mesmo para detectarem algumas falhas, para depois poderem explora-las em forma de criticas. Familiares, parentes e amigos dos atletas oferecendo aos seus pupilos todo o apoio necessário para vê-los triunfar na competição, personalidades do xadrez também permaneceram nos 2 (dois) dias do evento acompanhando tudo de perto, até mesmo quem entrou despercebidamente no salão de jogos sem saber ao certo o que estava acontecendo, olhava meio que perplexo, sem entender muito o que tantas pessoas estavam ali fazendo, olhando para aqueles tabuleiros de papelão e peças de madeira ou plástico por muitos minutos atentamente, como se estivesse para desvendar um enigma sem solução (embora muitas das vezes, é esse mesmo o quadro de uma partida de xadrez, rs). Até mesmo as crianças mostraram que estão preparadas para esse cenário competitivo, quase sempre muito cansativo, de termos 3 (três) rodadas num único só dia (como Nuno Cobra que é formado pela Escola de Educação Física de São Carlos e pós-graduado pela Universidade de São Paulo. Foi preparador físico de Ayrton Senna, Mika Hakkinen, Rubens Barrichello, Abílio Diniz entre outros. É autor do best-seller "A Semente da Vitória".) escreveu em seu artigo: Jogar xadrez exige preparo físico.

Um enxadrista conhecido de quase todos nós, não se fazia presente neste evento, mas isso não tem tanta importância, pois este enxadrista do qual estou me referindo, não é nenhum MF ou MI nem tão pouco GM ou presidente ou Dirigente de algum clube de xadrez, e muito menos possue posição social destacada na sociedade em que vivemos, é como proseia MC Marcinho em um trecho de sua música Funk (embora não goste deste estilo musical, mas serve para ilustrar perfeitamente o quero dizer) RAP do Silva, que diz: “era só mais silva que a estrela não brilha...”.

LUIZ CARLOS RODRIGUES DA SILVA (embora tenha o mesmo sobrenome que o meu, e até poderia ser meu parente ou familiar, mas não é, e sim apenas uma dessas tantas coincidências que a vida nos apresenta). É um enxadrista Classe “B”, com Rating de 1795 que joga pelo PSXC – Praça Seca Xadrez Clube e federado na FEXERJ sobre o numero de registro: 45 !!! E com 1023 partidas jogadas e registradas na Federação Carioca !!! Sendo o 4 (quarto) com o maior numero de partidas no Rio de Janeiro, ficando somente atrás do MF Wagner Guimarães Peixoto com 1179 partidas, MF Eduardo Arruda 1228 e MF Ricardo Teixeira com 1414 (segundo site da FEXERJ).
Quem não se lembra da cena horrível que quase todos presenciaram no Campeonato Popular Carioca 2008, não me recordo, se no dia 8 ou 9 de novembro de 2008, onde LUIZ CARLOS RODRIGUES DA SILVA, debruçado sobre a mesa em que estava jogando, totalmente alcoolizado e praticamente desmaiado sem nenhuma condição de jogo, acaba perdendo sua partida no tempo.
Muito lamentável!!! Nem só de glória, alegrias e beleza vive o xadrez carioca!
Não quero com isso dramatizar, nem muito menos culpar ou responsabilizar alguém por esse momento difícil que ele com certeza esta passando na sua vida social, familiar ou em qualquer outra área, mas gostaria de deixar registrado aqui a titulo de REFLEXÃO, pois este enxadrista tem uma importância histórica para o xadrez carioca, por suas inúmeras participações em competições oficias em nosso Estado, às vezes priorizamos tantas outras coisas, e esquecemos de considerar outras de maior importância, muitos recursos são disponibilizados para efetuarmos um evento grandioso e as vezes com somas bem menores poderíamos ajudar a tirar uma pessoa de tamanha importância, da situação degradante em que se encontra, quero ser o mais sincero e o menos hipócrita possível, se fosse uma pessoa de respaldo social ou posição elevada na sociedade e tivesse caído, numa dessas situações que ninguém está livre de cair na vida social, devido há inúmeros fatores, certamente que a ajuda viria de imediato e a "toque de trombetas", mas tratando-se de um “Bêbado” (como muitos se referem a ele), fica difícil alguém se mobilizar.
Possa ser que depois que a pessoa morra, apareça algumas pessoas que farão discursos inflamados em defesa do “pobre alcoólatra”, mas ai será tarde demais e a ajuda não será mais necessária.

O xadrez é nobre, e nós enxadristas devemos acompanhar a nobreza do xadrez e sermos mais participativos, misericordiosos, ajudadores e cúmplices, em questões como esta, pois volto a repetir, ninguém esta livre de situações adversas nessa vida, seja lá por qualquer motivo, pois não quero entrar nessa área do porque tal situação atípica acontece.
Mas sei de uma coisa, ele deve estar sofrendo por não ter tido a oportunidade de participar desse evento. Consciente ou inconsciente, bom ou alcoolizado, ama o xadrez como todos nós amamos!Não vamos nos esquecer daquele que acima de tudo é um ser humano, homem, enxadrista e que por inúmeras vezes esteve frente a frente conosco numa importante ou simples partida de xadrez!
Nota : 05 de Dezembro de 2008
Quer tranquilizar os amados enxadristas que demostraram juntamente comigo preocupação com LUIZ CARLOS RODRIGUES DA SILVA, em função dos fatos narrados por mim, neste post. Estive com ele, oferecendo-lhe ajuda naquilo que estivesse necessitando, mas por hora está com suas necessidades supridas e recebendo apoio dos seus familiares, em função de um problema de saúde que acometeu sua querida Mãe.
Aproveitei a oportunidade para convida-lo a participar do torneio FIDE que estará sendo realizado em janeiro próximo, em função de ter sido adiado de dezembro para o mês seguinte, gentilmente o MF Eduardo Arruda - Presidente do PSXC me autorizou a inscreve-lo no torneio e oferecendo-lhe isenção de inscrição ou qualquer valor que venha onera-lo, e ainda me prontifiquei a pega-lo, e leva-lo de volta nos dias do torneio FIDE acima citado para que não precise dispor de nenhuma quantia para participar, e assim sendo estará (se possivel for) voltando as atividades enxadristicas e com isso muito nos alegrando. Agradeço a todos!

55 - RESULTADO GERAL DO CAMPEONATO INTERCLUBES 2008 DA FEXERJ, REALIZADO NOS DIAS 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2008 NA AABB-TIJUCA.










da esquerda para direita: MI Diego Di Berardino, GM Alexandre Fier, MF Sady Dumont,MI Krikor Mekhitarian e MI Leandro Prdomo






Com a presença do GM Alexandre Fier + 7(sete) MIs e 9(nove) Mfs, e com a equipe do Clube de Xadrez Grande Roque conquistando o tri-campeonato da competição (2006/2007 e 2008) terminou a 33 ( triségima terceira) edição do Campeonato Interclubes Carioca

A equipe liderada pelo GM Alexadre Fier não teve dificuldado para vencer as demais equipes, alcançando a incrivel performance de 6(seis) pts nas 6(seis) rodadas, com 100% de aproveitamento, que foram disputadas, 3(tres) no sábado dia 29, e as outras 3(tres) no domingo dia 30 de novembro de 2008, no excelente salão da AABB-Tijuca.

No resultado geral a equipe de Mendes (CXM) sagrou-se bi-campeã da competição (2007/2008) (terceiro lugar na Classe A, campeão na Classe B e campeão na Classe C).
veja mais detalhes e fotos: http://cxmendes.blogspot.com/

A competição foi realizada pelo sistema suíço em 6 (seis) rodadas.
A direção geral foi do presidente da FEXERJ Ricardo Barata, auxiliado por Marcelo Einhorn e Sérgio Dias.
Os árbitros foram Sílvio Resende e Elcio Mourão



A Equipe Campeã do Classe "A" CXGR-CLUBE DE XADREZ GRANDE ROQUE - 6 pts

ALEXANDRE TAKEDA FIER - GMI 2581
KRIKOR SEVAG MEKHITARIAN - MI 2511
DIEGO RAFAEL DI BERARDINO - MI2503
DRAGAN STAMENKOVIC - MI 2412
LEANDRO DANIEL PERDOMO - MI 2393
SADI GLASSER DUMONT - MF 2333


A Equipe Vice-Campeã do Classe "A" PSXC - PRAÇA SECA XADREZ CLUBE - 4,5 pts

LUIZ HENRIQUE COELHO - MI 2398
MARCOS VINICIUS MOREIRA SANTOS - MI 2394
EDUARDO THELIO DA SILVA LIMP - MI 2383
JORGE LUIZ CABRAL MEDEIROS JR 2253
CARLOS ALESSANDRO ALVES DA SILVA 2246
CELSO RENATO RODRIGUES DA SILVA 2196
EDUARDO ARRUDA DA GAMA DE AZEVEDO CUNHA - MF 2192
ARNALDO GOMES BEDE 2114


A Equipe terceira colocada do Classe "A" CXM - CLUBE DE XADREZ DE MENDES - 4pts

SILVIO EDUARDO CAMARGO DE OLIVEIRA 2354
PEDRO HENRIQUE DE PAIVA 2219
WAGNER PEIXOTO GUIMARAES - MF 2187
IGOR AMARAL CONTE LOFREDO MOURAO 2083
ELCIO CONTE LOFREDO MOURAO 1990



Classe "B":

Equipe Campeã : CXM - Clube de Xadrez de Mendes - 5 pts.
Equipe Vice-Campeã: CFXC - Cabo Frio Xadrez Clube - 5 pts.
Equipe Terceira Colocada: AABB-LAGOA - 4, 5 pts.


Classe "C":

Equipe Campeã: CXM II - Clube de Xadrez de Mendes II - 5 pts
Equipe Vice-Campeão: CXM - Clube de Xadrez de Mendes - 5 pts
Equipe Terceira Colocada: NXN - Nucleo de xadrez Niterói - 4 pts