Quando alguém descobre que um amigo, ou familiar esta aprendendo ou até mesmo já praticando o xadrez, logo vem a exclamação: xadrez é jogo de pessoas intelectuais, nobres e elitizadas, ou então, xadrez nem pensar! É um jogo muito difícil de se aprender, e não são poucas as pessoas que quando descobrem que praticamos a “Arte de Caissa”, nos tratam até com certa cautela.
Na verdade, o Xadrez é uma mistura de Esporte, Arte e Ciência, e que está ao alcance de todos, desde uma criança, até as pessoas na terceira idade, sem que haja restrições, nem tão pouco indicações intelectivas para que se possa praticar esta maravilhosa arte milenar.
Uma constatação, é que principalmente as crianças, aprendem com muita facilidade!!!
É muito comum nas oficinas que realizamos nas lonas e espaços culturais, colégios e praças públicas, pessoas que nunca tiveram contato com a “arte”, mas são as crianças que aprendem mais rápido, e logo iniciam uma trajetória enxadristica, onde à vontade de “ganhar é logo aguçada, sem se dar conta de que na verdade, o perdedor aprende mais do que o ganhador!”.
Certa vez uma pessoa da área de saúde me falou que não acreditava que uma pessoa na terceira idade pudesse aprender e praticar normalmente o xadrez, pois segundo ela, as pessoas nesta faixa etária estariam menos predispostas a aprenderem, o que imediatamente refutei: Pelo contrario, as pessoas nesta fase da vida, estão com mais disponibilidade de tempo para poderem aprender, e muitas dessas pessoas com bastante vivencia natural, depois de serem iniciados, dão continuidade, se aprofundando ao aprendizado, chegando mesmo até as competições enxadristicas, nos meios enxadristicos em que participamos existem inúmeras pessoas nesta faixa etária, inclusive com méritos.
Na verdade precisamos muito desmistificar essa idéia de que o xadrez é muito difícil e complicado, e mostrar as pessoas quando questionados, que o xadrez só requer um pouco de atenção e vontade de aprender.
Alguns conceitos errados acerca do xadrez:
1 – o xadrez é um jogo para pessoas inteligentes – A verdade é que o xadrez é de grande valia entre principalmente os alunos que tem dificuldades de aprendizado em diversos níveis escolares, logo é indicado como uma atividade que visa melhorar o desempenho do aluno nas matérias em que estiver com dificuldades, principalmente nas disciplinas que envolvam cálculos, raciocínio lógico, combinações e etc...
2 – o xadrez é um jogo exclusivo para pessoas nobres, ricas e elitizadas da sociedade - É claro que este pensamento não condiz com os fatos, pois a experiência em ensinar o xadrez nos mostra que pessoas simples, moradores de comunidades carentes ou pobres, aprendem muitas das vezes com mais facilidade do que pessoas de nível intelectivo ou social mais elevado.
Em outros paises, como a antiga União Soviética, Cuba, França, Espanha e etc., sempre realizaram programas de incentivo aos estudantes ainda na fase fundamental custeado pelos governos, na forma mais popular possível.
3 – o xadrez não é indicado para pessoas da terceira idade – Pura discriminação, sabemos muito bem que as pessoas nessa faixa etária precisam e necessitam de aprenderem o xadrez, pois os benefícios para elas são inúmeros, nesta fase da vida as pessoas muitas das vezes se sentem desmotivados e não são poucos os casos em que elas estressadas entram em estado depressivo, aí o xadrez pode ajudar de maneira tremenda, fazendo com eles venham interagir com outras pessoas, realizando uma atividade hiper-saudável por estar exercitando a mente e o intelecto.
Na cidade do Porto em Portugal em 2007 foi desenvolvida uma terapia que ajudou muito as pessoas portadoras de esclerose múltipla, devido seu valor cognitivo.
4- O Xadrez não deve ser ensinado nos presídios e casas de detenção – Quando comentei certa vez com uma pessoa que tinha uma versão do meu projeto que era voltado para pessoas com débitos com a justiça e a sociedade nos presídios e casas de recuperação ou detenção, essa pessoa tentou de todas as formas me desistimular. Claro que não dei ouvidos a essa pessoa e tentei mostra-lhe que essas pessoas deveriam ter uma oportunidade de aprender o xadrez, pois o mesmo ajudaria muito a elas, pois possuem débitos a serem pagos em forma de reclusão e sabemos as dificuldades que essas pessoas tem em serem novamente ressocializadas.
Teriam então uma atividade a mais, e muito salutar, onde se teria a oportunidade de incutir nessas pessoas conceitos e propostas de revisão em relação as suas penas e seus delitos propondo-lhes uma mudança de vida para melhor, usando sempre a forma mais simples de pensar e repensar antes de tomar alguma decisão, assim como fazemos numa parida de xadrez, e sinceramente creio que isso é possível, sem contar que nesta situação o xadrez seria uma forma humanitária de ajudar a esses detentos.
A própria FEXERJ – Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro, realizou um projeto semelhante entre o final de 2006, e inicio 2007, não sei a razão de ter encerrado, mas deveria retornar, pois experiência igual acontece na Prefeitura Municipal de Santa Maria de Jetibá (PRO CHESS) em Secretária de Justiça do Estado do Espírito Santo, através da diretoria de ressocialização que está a desenvolver o Programa "Xadrez que liberta", introduzindo a prática do xadrez como uma atividade lúdica que desenvolve aspectos cognitivos, padrões morais e sociais nos internos das unidades prisionais.O programa inicialmente foi implantado no presídio de segurança máxima II (município de Viana) num grupo de internos que, duas vezes por semana, tem duas horas de intervenções na aprendizagem do jogo de xadrez. Como o esperando, esta atividade lúdica tem estimulado aos internos o raciocino, o aumento da auto-estima, a tomada de decisão, o exercício do livre árbitro, a criatividade, a perseverança, a reflexão do binómio acção-reacção e a inclusão social. Após a aprendizagem completa do jogo de xadrez os presos disseminarão e multiplicarão internamente esta prática desportiva. O programa tem como metas a expansão da prática desportiva a outras unidades prisionais do Estado do Espírito e a confecção de kit´s de xadrez (tabuleiros e peças) nas oficinas prisionais e que os mesmos se revertam para ensino nas escolas do Estado.
Ficaríamos aqui enumerando vários casos em que pessoas desabonam o xadrez por pura ignorância, mas nós que somos amantes da “arte de Caissa” e conhecemos o lado cientifico e principalmente o lado de ajuda que o xadrez pode proporcionar as pessoas em diversas faixas etárias e seguimentos da sociedade, devemos sempre estar lutando para desmistificar esses dogmas que impedem o acesso de muitas pessoas ao xadrez!
Fontes de pesquisa: O livro Xadrez Pré-Escolar do professor Sylvio Resende
Dizer Bem (site) : http://dizer_bem.weblog.com.pt/arquivo/2007_07.html
JC ao Line : http://jc.uol.com.br/tvjornal/2008/10/16/not_166715.php
Ala do Rei: http://aladerei.e-xadrez.com/2008/10/16/campeonato-do-mundo-de-jovens-no-vietnam/
Xadrez Leiria: http://xadrezleiria.blogspot.com/2008/06/notcias-de-santa-maria-de-jetib.html
Na verdade, o Xadrez é uma mistura de Esporte, Arte e Ciência, e que está ao alcance de todos, desde uma criança, até as pessoas na terceira idade, sem que haja restrições, nem tão pouco indicações intelectivas para que se possa praticar esta maravilhosa arte milenar.
Uma constatação, é que principalmente as crianças, aprendem com muita facilidade!!!
É muito comum nas oficinas que realizamos nas lonas e espaços culturais, colégios e praças públicas, pessoas que nunca tiveram contato com a “arte”, mas são as crianças que aprendem mais rápido, e logo iniciam uma trajetória enxadristica, onde à vontade de “ganhar é logo aguçada, sem se dar conta de que na verdade, o perdedor aprende mais do que o ganhador!”.
Certa vez uma pessoa da área de saúde me falou que não acreditava que uma pessoa na terceira idade pudesse aprender e praticar normalmente o xadrez, pois segundo ela, as pessoas nesta faixa etária estariam menos predispostas a aprenderem, o que imediatamente refutei: Pelo contrario, as pessoas nesta fase da vida, estão com mais disponibilidade de tempo para poderem aprender, e muitas dessas pessoas com bastante vivencia natural, depois de serem iniciados, dão continuidade, se aprofundando ao aprendizado, chegando mesmo até as competições enxadristicas, nos meios enxadristicos em que participamos existem inúmeras pessoas nesta faixa etária, inclusive com méritos.
Na verdade precisamos muito desmistificar essa idéia de que o xadrez é muito difícil e complicado, e mostrar as pessoas quando questionados, que o xadrez só requer um pouco de atenção e vontade de aprender.
Alguns conceitos errados acerca do xadrez:
1 – o xadrez é um jogo para pessoas inteligentes – A verdade é que o xadrez é de grande valia entre principalmente os alunos que tem dificuldades de aprendizado em diversos níveis escolares, logo é indicado como uma atividade que visa melhorar o desempenho do aluno nas matérias em que estiver com dificuldades, principalmente nas disciplinas que envolvam cálculos, raciocínio lógico, combinações e etc...
2 – o xadrez é um jogo exclusivo para pessoas nobres, ricas e elitizadas da sociedade - É claro que este pensamento não condiz com os fatos, pois a experiência em ensinar o xadrez nos mostra que pessoas simples, moradores de comunidades carentes ou pobres, aprendem muitas das vezes com mais facilidade do que pessoas de nível intelectivo ou social mais elevado.
Em outros paises, como a antiga União Soviética, Cuba, França, Espanha e etc., sempre realizaram programas de incentivo aos estudantes ainda na fase fundamental custeado pelos governos, na forma mais popular possível.
3 – o xadrez não é indicado para pessoas da terceira idade – Pura discriminação, sabemos muito bem que as pessoas nessa faixa etária precisam e necessitam de aprenderem o xadrez, pois os benefícios para elas são inúmeros, nesta fase da vida as pessoas muitas das vezes se sentem desmotivados e não são poucos os casos em que elas estressadas entram em estado depressivo, aí o xadrez pode ajudar de maneira tremenda, fazendo com eles venham interagir com outras pessoas, realizando uma atividade hiper-saudável por estar exercitando a mente e o intelecto.
Na cidade do Porto em Portugal em 2007 foi desenvolvida uma terapia que ajudou muito as pessoas portadoras de esclerose múltipla, devido seu valor cognitivo.
4- O Xadrez não deve ser ensinado nos presídios e casas de detenção – Quando comentei certa vez com uma pessoa que tinha uma versão do meu projeto que era voltado para pessoas com débitos com a justiça e a sociedade nos presídios e casas de recuperação ou detenção, essa pessoa tentou de todas as formas me desistimular. Claro que não dei ouvidos a essa pessoa e tentei mostra-lhe que essas pessoas deveriam ter uma oportunidade de aprender o xadrez, pois o mesmo ajudaria muito a elas, pois possuem débitos a serem pagos em forma de reclusão e sabemos as dificuldades que essas pessoas tem em serem novamente ressocializadas.
Teriam então uma atividade a mais, e muito salutar, onde se teria a oportunidade de incutir nessas pessoas conceitos e propostas de revisão em relação as suas penas e seus delitos propondo-lhes uma mudança de vida para melhor, usando sempre a forma mais simples de pensar e repensar antes de tomar alguma decisão, assim como fazemos numa parida de xadrez, e sinceramente creio que isso é possível, sem contar que nesta situação o xadrez seria uma forma humanitária de ajudar a esses detentos.
A própria FEXERJ – Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro, realizou um projeto semelhante entre o final de 2006, e inicio 2007, não sei a razão de ter encerrado, mas deveria retornar, pois experiência igual acontece na Prefeitura Municipal de Santa Maria de Jetibá (PRO CHESS) em Secretária de Justiça do Estado do Espírito Santo, através da diretoria de ressocialização que está a desenvolver o Programa "Xadrez que liberta", introduzindo a prática do xadrez como uma atividade lúdica que desenvolve aspectos cognitivos, padrões morais e sociais nos internos das unidades prisionais.O programa inicialmente foi implantado no presídio de segurança máxima II (município de Viana) num grupo de internos que, duas vezes por semana, tem duas horas de intervenções na aprendizagem do jogo de xadrez. Como o esperando, esta atividade lúdica tem estimulado aos internos o raciocino, o aumento da auto-estima, a tomada de decisão, o exercício do livre árbitro, a criatividade, a perseverança, a reflexão do binómio acção-reacção e a inclusão social. Após a aprendizagem completa do jogo de xadrez os presos disseminarão e multiplicarão internamente esta prática desportiva. O programa tem como metas a expansão da prática desportiva a outras unidades prisionais do Estado do Espírito e a confecção de kit´s de xadrez (tabuleiros e peças) nas oficinas prisionais e que os mesmos se revertam para ensino nas escolas do Estado.
Ficaríamos aqui enumerando vários casos em que pessoas desabonam o xadrez por pura ignorância, mas nós que somos amantes da “arte de Caissa” e conhecemos o lado cientifico e principalmente o lado de ajuda que o xadrez pode proporcionar as pessoas em diversas faixas etárias e seguimentos da sociedade, devemos sempre estar lutando para desmistificar esses dogmas que impedem o acesso de muitas pessoas ao xadrez!
Fontes de pesquisa: O livro Xadrez Pré-Escolar do professor Sylvio Resende
Dizer Bem (site) : http://dizer_bem.weblog.com.pt/arquivo/2007_07.html
JC ao Line : http://jc.uol.com.br/tvjornal/2008/10/16/not_166715.php
Ala do Rei: http://aladerei.e-xadrez.com/2008/10/16/campeonato-do-mundo-de-jovens-no-vietnam/
Xadrez Leiria: http://xadrezleiria.blogspot.com/2008/06/notcias-de-santa-maria-de-jetib.html
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