sexta-feira, 2 de outubro de 2009

682 - GM HENRIQUE MECKING (MEQUINHO) VENCE A BARREIRA DO TEMPO!

Verdadeiro símbolo do xadrez brasileiro, Henrique da Costa Mecking, o Mequinho, 57 anos, será um dos personagens principais da 73ª edição dos Jogos Abertos do Interior, em São Caetano. O enxadrista, que chegou a ser o terceiro melhor do mundo, representará São Bernardo. Gaúcho de Santa Cruz do Sul, Mequinho descobriu cedo o xadrez. Começou a jogar aos 5 anos, influenciado pela mãe, e aos 13 já era campeão nacional. No fim da década de 1970 - no auge da carreira - descobriu que era portador de miastenia, uma doença incurável que ataca os músculos ao ponto de deixá-los sem controle motor. Deixou o mundo dos tabuleiros e passou a lutar pela vida. Saiu-se vitorioso e, em 2000, atendendo a um chamado divino, voltou a competir. "Em 1977 eu fui desenganado em Houston, no Texas (EUA). O que eu achava que era uma simples dor de garganta na verdade era uma doença grave. Dois anos depois, sem poder mastigar. Fui perdendo as forças e, graças a três mulheres que rezaram por mim, melhorei 99%", relembra. Aí começava o encontro de Mequinho com a religião. "Jesus me salvou. Mas a vontade de Deus foi que eu não ficasse totalmente curado. Tenho crises secundárias, mas que não ameaçam mais a minha vida e hoje mantenho a doença controlada." Depois disso, Mequinho tornou-se um católico fervoroso. Adepto da renovação carismática, três anos depois lançou o livro ‘Como Jesus Salvou a Minha Vida'' e formou-se em Teologia e Filosofia. Em 2000, ouviu o chamado divino para que retornasse ao xadrez e lançou-se novamente nas competições. "Quando Jesus me curar totalmente vou voltar a ser o que eu era. Hoje sou grande mestre internacional, mas pretendo ser um dos melhores jogadores do mundo. Essa cura total será muito em breve", proclama Mequinho do alto de sua inabalável fé. Para quem ousa duvidar, Mequinho cita como exemplo o confronto que teve na última semana, com o número um do Brasil, Alexandr Fier, e que terminou empatado por 2 a 2. "Se não estivesse bem, não poderia enfrentá-lo. Principalmente porque iniciei a disputa perdendo e, no jogo final, tive boas chances de ganhar", aponta. Além da fé em Deus, Mequinho cita outros dois fatores para a sua recuperação: a alimentação natural e o tratamento com remédios homeopáticos.
O cuidado com a comida foi uma das exigências do enxadrista antes de assinar com São Bernardo. "Minha alimentação é excelente. Totalmente sem temperos e eu a uso tem 30 anos. Desta forma, não pego doença alguma", destaca o atleta, que garante hoje correr quatro quilômetros por dia e ter condições de praticar qualquer esporte, até mesmo artes marciais.
Nos Jogos Abertos, Mequinho e a equipe de São Bernardo terão como principais adversários o time de Americana, que será formado pelo primeiro do ranking brasileiro, Alexandr Fier, Rafael Leitão (terceiro) e Gilberto Millus, o quarto melhor enxadrista do País.

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