Primeiro Assalto: no tabuleiro de xadrez. O peão branco avança, abrindo as hostilidades. De auscultadores para bloquear o ruído e qualquer dica soprada da audiência, os oponentes antecipam estratégias para derrubar o rei adversário. Silêncio total. Durante quatro minutos, este é um duelo de cérebros. Gong! Fim do primeiro assalto. Os adversários afastam-se do tabuleiro axadrezado, que é retirado do centro do ringue. Têm um minuto para colocarem a proteção bocal e calçarem as luvas. Entra uma mulher vistosa exibindo uma placa com o número dois. A platéia rejubila pela primeira vez. Gong! Segundo assalto. Durante três minutos, trocam murros numa coreografia sincopada à procura do KO final. Este é agora um duelo de punhos de aço. Gong! Fim do segundo assalto. É hora de descalçar as luvas e regressar, suados, ao tabuleiro de xadrez. A descrição é de um novo e peculiar desporto: o chessboxing, um híbrido que mistura xadrez e boxe. Os promotores dizem que é o desporto perfeito: combina o principal desporto que desafia a mente (o xadrez) com o principal desporto de luta (o boxe). É a combinação mais improvável do mundo do desporto desde que Michael Jordan, a lenda do basquetebol, se decidiu dedicar, sem sucesso, ao basebol. Ou desde que o ex-futebolista Bixente Lizarazu, campeão europeu e mundial com a França, se dedicou ao jiu-jitsu, uma arte marcial. Neste caso, com sucesso: é o atual campeão europeu. A origem da modalidade é, também improvável. O criador do chessboxing, o artista holandês Iepe B. T. Rubingh, inspirou-se numa série de banda desenhada conhecida como Froid Équateur (Frio Equador), a última parte da Trilogia Nikopol, uma BD de ficção científica criada pelo escritor de culto francês nascido na Sérvia Enki Bilal. Leia mais e entenda tudo sobre o chessboxing:
http://aeiou.expresso.pt/chessboxing-o-desporto-mais-improvavel=f570537#commentbox
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