Pelo amor ao xadrez, Ana Vitória Rothebarth, de 17 anos, já chegou a andar quase três dias de ônibus da sua cidade natal, Cuiabá (MT), até João Pessoa (PB) para participar de um campeonato no ano passado. Voltou de lá com o título de primeira colocada na etapa nacional das Olimpíadas Escolares. Neste ano, o ritmo de treino diminuiu por causa dos preparativos para o vestibular, mas mesmo assim ela continua se dedicando bastante.
“Espero voltar para casa campeã novamente“, diz Ana Vitória, que aprendeu a jogar aos 11 anos, com o pai. Foi também graças ao xadrez que conseguiu uma bolsa de estudos em uma escola particular. “Eu já era boa aluna e o xadrez me abriu mais portas ainda
O benefício que o xadrez na escola traz ao aluno, como a agilidade de raciocínio e capacidade de concentração, foi uma das razões para o jogo ser incluído no rol de modalidades desde a criação das Olimpíadas Escolares pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em 2005.
O xadrez é disputado em duas categorias: 12 a 14 anos e 15 a 17 anos. Os atletas são selecionados em disputas municipais e estaduais, que terminam agora no mês de agosto. Passam para a etapa nacional dois estudantes por categoria. Os mais jovens jogarão a fase nacional de 10 a 20 de setembro em Poços de Caldas (MG). Os mais velhos competem de 5 a 15 de novembro em Maringá e Londrina (PR). “É uma forma lúdica de aprender. E o xadrez foi incluído porque não depende de uma habilidade física. É uma questão intelectual. O estudante não precisa ser o mais forte, o mais rápido. É uma modalidade em que todos podem participar”, afirma Edgar Hubner, gerente-geral da área de Iniciação, Fomento e Eventos do COB e diretor das Olimpíadas Escolares. “Um país só tem um esporte forte se tiver esporte forte na escola.”
Como prêmio, os vencedores recebem, além da medalha, uma bolsa em dinheiro que pode ser usada para comprar livros de xadrez ou viajar para competir, por exemplo.
Ao longo do ano, o COB também organiza jogos de xadrez em um tabuleiro gigante, que mede quatro metros por quatro metros, com peças amarelas e azuis. “Levamos esse tabuleiro para diferentes cidades. Acaba ficando um jogo muito interativo”, explica Hubner. Em setembro, o tabuleiro gigante estará em Poços de Caldas.
Lógica e agilidade
Por conta dos seus benefícios, o xadrez passou a fazer parte do currículo obrigatório de alguns colégios de São Paulo.“O xadrez pode ser trabalhado com alunos de idades variadas”, afirma José Antonio Rosa, 55 anos, professor de xadrez do Colégio Augusto Laranja, em São Paulo, que incorporou a atividade ao currículo obrigatório dos alunos do 3º ao 6º anos.
Segundo ele, o jogo ajuda não só em matemática mas em outras disciplinas também. “Com o xadrez, o aluno aprende a planejar. Na escola, temos um tabuleiro-mural, com peças imantadas. Proponho uma situação-problema e os alunos dão as suas sugestões sobre os próximos movimentos." No Colégio Emilie de Villeneuve, também na capital paulista, o xadrez está no currículo desde 2003. A coordenadora pedagógica, Silvia Azevedo, afirma que a atividade é sempre muito bem aceita pelos estudantes. “Eles se divertem bastante na aula. Além da parte de raciocínio e lógica, o xadrez é importante para o aluno aprender a se expressar. Em algumas atividades, ele precisa antecipar as jogadas em voz alta.” Não há uma idade mínima para aprender a jogar xadrez, mas a partir dos 7 ou 8 anos fica mais fácil porque a criança já começa a desenvolver o raciocínio lógico-abstrato, segundo Leda Maria de Oliveira Rodrigues, educadora da PUC-SP. “É um jogo que pode ser usado até por escolas sem muitos recursos. Nesse caso, as aulas de educação artística podem ser aproveitadas para montar as peças e o tabuleiro com material de sucata.”
“Espero voltar para casa campeã novamente“, diz Ana Vitória, que aprendeu a jogar aos 11 anos, com o pai. Foi também graças ao xadrez que conseguiu uma bolsa de estudos em uma escola particular. “Eu já era boa aluna e o xadrez me abriu mais portas ainda
O benefício que o xadrez na escola traz ao aluno, como a agilidade de raciocínio e capacidade de concentração, foi uma das razões para o jogo ser incluído no rol de modalidades desde a criação das Olimpíadas Escolares pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em 2005.
O xadrez é disputado em duas categorias: 12 a 14 anos e 15 a 17 anos. Os atletas são selecionados em disputas municipais e estaduais, que terminam agora no mês de agosto. Passam para a etapa nacional dois estudantes por categoria. Os mais jovens jogarão a fase nacional de 10 a 20 de setembro em Poços de Caldas (MG). Os mais velhos competem de 5 a 15 de novembro em Maringá e Londrina (PR). “É uma forma lúdica de aprender. E o xadrez foi incluído porque não depende de uma habilidade física. É uma questão intelectual. O estudante não precisa ser o mais forte, o mais rápido. É uma modalidade em que todos podem participar”, afirma Edgar Hubner, gerente-geral da área de Iniciação, Fomento e Eventos do COB e diretor das Olimpíadas Escolares. “Um país só tem um esporte forte se tiver esporte forte na escola.”
Como prêmio, os vencedores recebem, além da medalha, uma bolsa em dinheiro que pode ser usada para comprar livros de xadrez ou viajar para competir, por exemplo.
Ao longo do ano, o COB também organiza jogos de xadrez em um tabuleiro gigante, que mede quatro metros por quatro metros, com peças amarelas e azuis. “Levamos esse tabuleiro para diferentes cidades. Acaba ficando um jogo muito interativo”, explica Hubner. Em setembro, o tabuleiro gigante estará em Poços de Caldas.
Lógica e agilidade
Por conta dos seus benefícios, o xadrez passou a fazer parte do currículo obrigatório de alguns colégios de São Paulo.“O xadrez pode ser trabalhado com alunos de idades variadas”, afirma José Antonio Rosa, 55 anos, professor de xadrez do Colégio Augusto Laranja, em São Paulo, que incorporou a atividade ao currículo obrigatório dos alunos do 3º ao 6º anos.
Segundo ele, o jogo ajuda não só em matemática mas em outras disciplinas também. “Com o xadrez, o aluno aprende a planejar. Na escola, temos um tabuleiro-mural, com peças imantadas. Proponho uma situação-problema e os alunos dão as suas sugestões sobre os próximos movimentos." No Colégio Emilie de Villeneuve, também na capital paulista, o xadrez está no currículo desde 2003. A coordenadora pedagógica, Silvia Azevedo, afirma que a atividade é sempre muito bem aceita pelos estudantes. “Eles se divertem bastante na aula. Além da parte de raciocínio e lógica, o xadrez é importante para o aluno aprender a se expressar. Em algumas atividades, ele precisa antecipar as jogadas em voz alta.” Não há uma idade mínima para aprender a jogar xadrez, mas a partir dos 7 ou 8 anos fica mais fácil porque a criança já começa a desenvolver o raciocínio lógico-abstrato, segundo Leda Maria de Oliveira Rodrigues, educadora da PUC-SP. “É um jogo que pode ser usado até por escolas sem muitos recursos. Nesse caso, as aulas de educação artística podem ser aproveitadas para montar as peças e o tabuleiro com material de sucata.”
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