54 - UTILIZANDO O XADREZ NA RESSOCIALIZAÇÃO DE DETENTOS EM VÁRIOS NÍVEIS DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

A Prefeitura Municipal de Santa Maria de Jetibá e a Secretária de Justiça do Estado do Espírito Santo, através da diretoria de ressocialização está a desenvolver o Programa "Xadrez que liberta", introduzindo a prática do xadrez como uma atividade lúdica que desenvolve aspectos cognitivos, padrões morais e sociais nos internos das unidades prisionais.O programa inicialmente foi implantado no presídio de segurança máxima II (município de Viana) num grupo de internos que, duas vezes por semana, tem duas horas de intervenções na aprendizagem do jogo de xadrez. Como o esperando, esta atividade lúdica tem estimulado aos internos o raciocino, o aumento da auto-estima, a tomada de decisão, o exercício do livre árbitro, a criatividade, a perseverança, a reflexão do binômio ação-reação e a inclusão social. Após a aprendizagem completa do jogo de xadrez os presos disseminarão e multiplicarão internamente esta prática desportiva. O programa tem como metas a expansão da prática desportiva a outras unidades prisionais do Estado do Espírito e a confecção de kit´s de xadrez (tabuleiros e peças) nas oficinas prisionais e que os mesmos se revertam para ensino nas escolas do Estado.

O Estado de São Paulo na Cidade de Campinas, tambem se enganjou nesse objetivo de levar o xadrez até os presídios e penitenciárias com o objetivo de melhorar as condições de vida da população carceraria e buscar com isso a reossocialização dos mesmo. No final de ano passado o CCP (Centro de Progressão Penitenciária) Campinas realizou um torneio de xadrez nesta unidade prisional. O árbitro da Federação Paulista de Xadrez , Willian Idrani organizou e arbitrou o evevnto.
“A grande importância do xadrez na vida das pessoas é que, além de favorecer o desenvolvimento mental, impõe uma disciplina atrativa e agradável transmitindo auto confiança e possibilita um maior rendimento tambem nas matérias escolares”.
“Antes do início de cada partida, os jogadores foram instruídos sobre o quanto esta modalidade esportiva é significativa em suas vidas e que, além do raciocínio, aprende-se a prever as prováveis conseqüências de atos próprios e alheios e a tomada de decisões vinculadas à resolução de problemas”, explicou.
“Um evento desta natureza, dentro de um ambiente prisional, possibilita a desmistificação de que o xadrez é um esporte de elite e que somente uma determinada classe social pode jogar”, lembrou o Diretor Técnico de departamento, Lindolfo Terçariol Filho.
“A cada dia novos jogadores vão surgindo neste ambiente de reclusão, já que, aqueles que conhecem as técnicas do xadrez tornam-se multiplicadores do conhecimento da arte”.

O Estado do Rio de Janeiro tambem realizou atividade semelhante, diversos eventos nas unidades do DEGASE. Em 2006 houveram aulas, em janeiro de 2007 foram feitos diversos eventos incentivadores, entre outros, com destaque: Educandário JLA (Ilha do Governador), Criam Penha, Criam Niterói e Educandário Santos Dumont.

Acredito que o xadrez possa ajudar a recuperar esses cidadãos com débitos com ajustiça e a sociedade na ocasião do cumprimento de suas penas, em presidios e casas de recuperção, oferecendo a eles uma opção de lazer de excelente qualidade, propondo a essas pessoas que revejam suas atuais condições e propondo-lhes mudanças de comportamento e vida, no intuito de serem novamente reintegramos a sociedade, sempre explorando o lado intelectivo da arte, ainda que algumas dessas pessoas não possuam formação intelectiva, pois o xadrez tem a capacidade de alcançar pessoas em qualquer nível de intelectualidade.
Poderão ser beneficiados adolescentes, jovens infratores e adultos que fazem parte do sistema prisional.