No intervalo entre duas rodadas do Campeonato Paulista de Xadrez de 2000, um menino de 10 anos chamou a atenção por desafiar jogadores muito mais velhos para partidas amistosas. Eu, que disputava o torneio na categoria até 16 anos, entrei na fila. Tive o mesmo destino dos outros que aceitaram o desafio: uma derrota rápida e incontestável. De lá para cá, aquele garoto venceu todos os campeonatos nacionais em categorias de base, viajou para disputar partidas em 15 países, trabalhou por três anos numa pousada no litoral do Ceará, voltou para São Paulo sem a família e teve um filho. Hoje, com 19 anos, ele é um grande mestre de xadrez – título máximo concedido pela federação internacional a um jogador. “Não achava que o título viria tão cedo, pensava que só conseguiria daqui a alguns anos”, diz André Diamant. “Mas sempre soube que seria grande mestre, claro.”Há hoje cerca de 900 grandes mestres em todo o mundo. O título é vitalício. Nos últimos anos, de certa forma, o título se “banalizou”. Nos anos 70, eles eram não mais que uma centena – entre eles o primeiro brasileiro a conquistar a honraria, Henrique Mecking, o Mequinho, aos 19 anos, mesma idade de André hoje. Essa “banalização” não quer dizer que seja fácil obtê-lo. Para isso, o jogador tem de alcançar pontuação alta, definida por fórmulas matemáticas complicadas, em três torneios de nível internacional. Também é preciso atingir um rating (pontuação que mede o nível de um jogador) – de pelo menos 2.500 pontos (um jogador iniciante tem cerca de 1.000 pontos; um candidato ao título mundial, mais de 2.700). André tem 2.506 pontos, o bastante para fazer dele o oitavo grande mestre brasileiro. Foto acima, é a partida em que o jovem prodigio brasileiro conquistou a terceira norma e o rating para tornar-se o mais novo Grende Mestre Intrernacional Brasileiro.
veja a matéria completa acessando o link ao lado:http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=11101
Nenhum comentário:
Postar um comentário