sexta-feira, 6 de novembro de 2009

726 - COPA DE XADREZ DE BATAGUASSU GERA POLEMICA.

A “3ª Copa de Xadrez de Bataguassu”, realizada no último dia 1 de novembro que, aparentemente teria ocorrido de forma natural, acabou em polêmica. O treslagoense Eduardo de Oliveira Narvaez foi declarado campeão no geral, tirou foto como campeão, recebeu troféu de campeão, mas aparece no site da Federação de MS de Xadrez em segundo lugar. “Para nós aqui da organização, enfim, de Bataguassu, o Eduardo é o campeão. Não sei quais critérios que são usados na Federação para definir o vencedor”, afirmou o organizador da competição, Paulo Moreno.“O Eduardo foi campeão no geral e ao mesmo tempo na categoria cadete. Aí o presidente da Federação (Orlando Silvestre) colocou no site o rapaz como campeão dos cadetes, em segundo no geral e como campeão geral ele próprio”, confirmou o organizador. A polêmica toda foi por causa do empate e os critérios de desempate usados. O presidente da Federação é árbitro e também jogador. Orlando e Eduardo chegaram iguais a última partida, disputada entre eles. Após novo empate, pelos critérios usados no local, Eduardo ficou com a primeira colocação. A família de Eduardo e o próprio atleta estão inconformados. “É um absurdo, estamos indignados. Ele me ligou de Maringá (PR) arrasado. Está jogando um campeonato lá com tudo isso na cabeça”, reclamou a mãe do enxadrista, Ana Lucia de Oliveira Narvaez. Para ela, o presidente teria que ser trocado. “Não sou a favor dele jogar. Participo de muitos campeonatos e não costuma acontecer essas coisas. Não é a primeira vez que ele faz uma dessas, é muita falta de respeito”, completou Ana Lucia. Na regra do esporte não existe nada que proíba dirigentes, árbitros ou qualquer outra pessoa de participar dos torneios. Paulo Moreno, que acompanhou de perto a disputa em Bataguassu achou normal. “Não há nenhum inconveniente do árbitro jogar. É diferente do futebol por exemplo, que o ponta esquerda não pode apitar o jogo. O árbitro do xadrez não interfere na partida. Por ética, por lisura, não é recomendado, mas se o árbitro for honesto não tem problema nenhum”, disse.
EXPLICAÇÕES. O presidente da Federação de Xadrez de MS, Orlando Silvestre, confirmou que Eduardo foi campeão em Bataguassu, mas colocou a culpa no emparceiramento utilizado na competição. “Lá o emparceiramento é manual, coisa que não se usa há mais de 15 anos. O correto é usar o computador. Tem que ser colocados todos os resultados de todas as partidas. Como não era possível na hora, foi usado o manual para dar os troféus. Mas a minha obrigação é usar os critérios técnicos de desempate. Com os resultados do computador, a classificação é a que está no site”, enfatizou. Quanto à parte ética, de árbitros e dirigentes jogarem os campeonatos, Silvestre seguiu a linha do organizador da Copa de Bataguassu. “É normal isso no mundo do Xadrez. Teve um campeonato por exemplo em São Paulo que o presidente da Federação era também da direção do torneio, da Comissão de Apelação e jogador. Não estou inventando nada. Se a pessoa está lá é porque tem qualificações”, finalizou.

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