quarta-feira, 19 de novembro de 2008
43 - SESC DE SANTOS REALIZOU O I CONGRESSO BRASILEIRO DE CULTURA E XADREZ
Quadro do pintor e enxadrista Marcel Dechamp
(É um dos precursores da arte conceitual e introduziu a idéia de ready made como objeto de arte)
Entre os dias 17 e 19 de agosto de 2008.
Uma nova forma de pensar o xadrez, com este propósito foi realizado, no Sesc Santos, o I Congresso Brasileiro de Cultura e Xadrez. O evento contou com palestras, seminários, fóruns e torneios. O lançamento do livro “A importância do Xadrez”, de Rubens Alberto Filguth, analisando aspectos culturais e estudos científicos sobre o esporte, foi a principal atração.
Em sua obra, Filguth analisa o valor cultural do Xadrez na evolução humana.
“Os primeiros registros de literatura enxadrística datam de 860 d.C, mas há, no mínimo, três teorias para explicar a origem do jogo. Por isso que muitos estudiosos contestam o fato”.
O escritor, que é o único brasileiro membro da Ken Whyld Association, grupo formado por mais de 139 acadêmicos em xadrez de todo o mundo, ressalta as relações do esporte com as artes.
“Na pintura, há um quadro de 1283, atribuído a Afonso X– o sábio, sobre o tema.
O pintor Marcel Duchamp, apaixonado pelo jogo, representou a França em olimpíadas, além de retratar em seus quadros”.
No cinema, segundo o escritor, há mais de 2.100 filmes em que o xadrez está no roteiro.
“O maior exemplo disso é o filme O Sétimo Selo, de Bergman”.
Na literatura, não poderia ser diferente: “há registros de romances datados do século XIII sobre o xadrez”.
Na segunda parte da obra, o autor analisa artigos científicos realizados sobre o esporte.
“Há estudos interessantes, como o da Venezuela, que provaram aumento de Quociente de Inteligência (Q.I.) nos estudantes.
Desde então, o xadrez é matéria obrigatória nas escolas públicas”.
Filguth aponta como principais características do praticante do esporte a concentração, raciocínio rápido, lidar com tensões, paciência, análise lógica e autoconfiança.
“Geralmente, o jogador de xadrez é introvertido, e com o jogo ele tem um enriquecimento cultural impressionante”, completa o autor.
A praticante de xadrez e jornalista, Tais Julião, defende o jogo como uma forma de comunicação. Para ela, a necessidade de transmissão das técnicas do esporte é que permitiu ao xadrez continuar na história.
A jornalista mantém um blog sobre as competições femininas. “Além de cobrir os eventos, entrevistos as principais praticantes do esporte. É uma maneira de manter viva a cultura do xadrez”.
A Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) contabiliza nove mil registros, mas somente 2.500 estão ativos. Até agosto, 1.895 esportistas estavam federados, podendo assim participar de competições. No ano passado foram realizados 130 torneios, e até este mês já foram realizados 100.
A Federação Paulista de Xadrez (FPX), a maior do País, começou a cadastrar os praticantes. Conta com mais de 1.775 membros, e já realizou 29 torneios até este mês, no ano passado foram realizados 55 competições. Os torneios são da categoria Escolar, voltado aos estudantes do ensino fundamental e médio. Em Santos, mais de 75 escolas fazem parte do Circuito Santista de Xadrez. “Há cinco anos apenas 60 estudantes estavam nos torneiros. Hoje temos 250 em cada etapa, e mais de mil em todo o circuito. Só para as competições do congresso temos mais de 260 inscritos”, comenta o presidente da Liga Santista de Xadrez, Horácio Prol Medeiros. Medeiros explica que foi necessário muito trabalho e organização para alcançar tal avanço. “E organização é o que não falta para os praticantes de Xadrez”, completa.
fonte: Matéria publicada em 19/08/2007, no AGÊNCIA FACOS. Ano 34. Edição 15
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Um comentário:
Olá, caro enxadrista Celso Renato. Aqui é o Juan Pablo, lá do PSXC. Eis um dos muitos sites que fala sobre Pillsbury e que seria interessante postar algo: http://www.cex.org.br/Biografias/Pillsbury.htm. estou a buscar uma página com o pgn viewer para baixar, assim que tiver te o passo link.
Paz, saúde e xadrez!
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