Este trabalho analisa as colaborações da inserção do xadrez ao ensino fundamental e médio no aprendizado de química, realizando comparações entre as opiniões de alunos de escolas das cidades de Quixadá/CE e Pacatuba/CE. Os resultados obtidos sustentam que as habilidades ou competências desenvolvidas a partir da inserção do xadrez como atividade extracurricular podem ser benéficas ao aprendizado de química. Surgiram indagações acerca das dificuldades no aprendizado da química e dos impactos cognitivos, motivacionais e sócio-culturais do jogo de xadrez. No tópico resultados e discussão anexamos o quadro comparativo obtido com a pesquisa, que mostra as dificuldades em química e as competências do xadrez.
Baseada em minucioso estudo, as inteligências podem ser desenvolvidas através das possíveis contribuições do xadrez no âmbito escolar. Dessa forma, parece-nos correto propor que este jogo seja considerado na Química para auxiliar os alunos a compreenderem a matemática como um artifício para compreensão de um fenômeno químico. O uso metódico e assimilação prematura de regras e exceções darão maior aceitabilidade dos conteúdos. Compreensão das ligações químicas em geral, especialmente dos compostos de coordenação; cristalografia, visualização de isômeros, mecanismos e estruturas orgânicas. Ora, se considerarmos as três esferas analisadas anteriormente (a ciência, o esporte e a arte) importantes na educação do indivíduo, parece sensato apresentar o jogo de xadrez como candidato a estimulá-las e desenvolvê-las, haja vista, que um tabuleiro e um jogo de peças têm custo reduzido e muita durabilidade.
MATERIAL E MÉTODOS: Os passos metodológicos deste trabalho, bem como a exposição dos resultados quantitativos, com as respectivas análises e interpretações, foi fruto do levantamento decorrente dos questionários aplicados entre alunos de 8ª série de escolas municipais das cidades de Quixadá/CE e Pacatuba/CE, cujo projeto de xadrez nas escolas foi implantado a cerca de 3 anos. Além da contribuição de 13 educadores, oriundos destas mesmas cidades e Fortaleza/CE que relataram suas experiências educacionais em entrevistas gravadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Constatou-se que a capacidade de memorização (49,32%) não tem influencia direta do xadrez. Uns dizem que tem muitos cálculos (45,21%). 25,34% dos alunos afirmaram ser difícil concentrar-se nas provas de química, entretanto o jogo de xadrez ensinará a corrigir essa deficiência. 18,49% não entendem o porque do uso de muitas regras em química, mas o jogo de xadrez poderá disciplinar ao aluno a acostumar-se. Quando perguntados sobre as dificuldades dos alunos no aprendizado da química, as causas foram as mais diversas. Os temas centrais das respostas mais citadas foram: falta de raciocínio lógico (50,00%), falta de concentração (30,00%) e dificuldades de memorização (20,00%). Anexamos o quadro comparativo detectado na pesquisa entre as dificuldades em química e as competências do xadrez.
CONCLUSÕES: Observando-se o quadro comparativo entre as dificuldades do aluno em aprender química e as habilidades melhoradas com o xadrez, pode-se afirmar, que o objetivo principal deste trabalho, que consistiu em sugerir e divulgar as colaborações da inserção do xadrez no ensino fundamental e médio para o aprendizado da Química, foi alcançado. Quanto aos outros objetivos, pode-se dizer que foram parcialmente atendidos ou discutidos sob inferências plausíveis no contexto da pesquisa. Foi analisado o caráter sócio-cultural do jogo de xadrez, que também foi atendido.
AGRADECIMENTOS:REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:DA SILVA, W. Processos cognitivos no jogo de xadrez. Curitiba, 2004. 196p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná.FARIA, A. R. Desenvolvimento da Criança e do Adolescente, 4 ed., São Paulo: Editora Ática, 1998.
fonte do estudo e pesquisa: http://www.abq.org.br/cbq/2006/trabalhos2006/6/64-102-6-T1.htm
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