segunda-feira, 13 de junho de 2011

1333 - XADREZ, FUTEBOL E DANÇA DO VENTRE – POR LEANDRO SALLES!

Já não há mais vagas para se tornar sócio do Coritiba. Ao entrar na seção de planos de sócios do site do clube, chega a causar espanto a frase em negrito "Não há mais vagas" ao lado de cada um dos planos. A ascenção do clube nos últimos dois anos, que teve o seu ápice no segundo jogo contra o Vasco pela final da Copa do Brasil, gerou uma onda verde de sócios. Essa onda tende a se manter caso o Coxa mantenha o seu bom desempenho no Campeonato Brasileiro. O time do Alto da Glória, porém, não é exemplo único de sucesso. Os times gaúchos Grêmio e Inter também já mostraram que ter um corpo de sócios robusto é fundamental para manter as finanças equilibradas. O time mais rico do mundo, Real Madrid, tem uma parte dos seus sócios espalhados por diversos países da Ásia. Aplicar o modelo de clubes de futebol em outros clubes não é fácil, já que o bom desempenho do time, nesses casos, é diretamente proporcional ao número de associados. Algumas ideias, porém, podem facilmente ser adaptadas. Os clubes de xadrez, que tem visto o seu quadro societário definhar na última década, podem fazer um "benchmarking" de forma a tentar estimular o aumento de adesões. É necessário ter em conta, por exemplo, o que eu chamo de "axioma da balada": Se há uma grande quantidade de mulheres em um meio, o preço torna-se secundário para que os homens compareçam. Por isso, é importante que as mulheres paguem menos - Seja na "Woods", no jogo do Coxa ou no Clube de Xadrez de Curitiba. Outra medida fundamental para todo o clube é privilegiar o sócio, sempre. Descontos, eventos exclusivos e área VIP no site são artifícios que fazem o associado se sentir especial. Uma alternativa particularmente pouco explorada pelos clubes de xadrez também é a parceria com outras instituições - Escolas, academias, restaurantes - Para as vantagens irem além das fronteiras do clube. O Coritiba e o Atlético Paranaense, por exemplo, possuem o seu "Clube de Vantagens". Fórmula mágica não existe em um clube. O que existe é, sem dúvidas, excelência em gestão. Austeridade financeira não basta, já que é um requisito básico para todo bom gestor - É preciso transformar o clube em uma verdadeira empresa, com planos de marketing bem estruturados e funcionários remunerados. Só assim um dia teremos, talvez, também um "green hell" nos tabuleiros.
Leia mais: http://www.parana-online.com.br/colunistas/326/86167/

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