A realeza entre amigos.
Reis, raínhas, bispos, cavalos e roques. O Grupo de Xadrez de Macau entra a galope em 2009 e recebe no domingo atletas do outro lado da fronteira para o primeiro Interport de um ano que pode ser crucial para o futuro do organismo. A modalidade, diz quem sabe, “atingiu um ponto de crise de crescimento” e os responsáveis não querem fazer cheque ao futuro de Marco Carvalho.
A Associação de Xadrez do território entra no novo ano ao ataque e recebe no próximo domingo atletas do outro lado da fronteira para a edição de 2009 do Interport Macau-Zhuhai, um evento que assinala a passagem do nono aniversário da criação da RAEM e o regresso do antigo enclave português à soberania chinesa. A prova, organizada em parceria pelas três principais associações de xadrez de Macau – a Associação de Xadrez Chinês, a Associação de Go e o Grupo de Xadrez do território – disputa-se no Pavilhão da Escola Hou Kong, colocando frente a frente mais de duas centenas de xadrezistas de um e do outro lado das Portas do Cerco. Para os cultores do xadrez clássico, a prova constitui sobretudo uma oportunidade para preparar os praticantes mais novos. O xadrez do território, na sua variante internacional, estará representado por trinta atletas dos escalões jovens, que irão disputar com os seus pares de Zhuhai a vitória na edição de 2009 do encontro transfronteiriço. Depois de ter sido disputada há um ano na República Popular da China, a prova regressa a Macau, mas o fator casa não deverá ser suficiente para contrariar o favoritismo dos atletas do continente. José Silveirinha, presidente da direcção do Grupo de Xadrez de Macau, reconhece que a RAEM não tem ainda argumentos para contrariar a qualidade do jogo dos xadrezistas de Zhuhai e esse deverá ser um fator preponderante para o desfecho do desafio. Na ótica do dirigente, os praticantes da vizinha província continental são mais fortes porque têm vantagem em termos de preparação: “Há um trabalho que tem sido feito do outro lado da fronteira por uma mestre internacional de xadrez, a senhora Leong, e esse trabalho tem dado frutos em termos dos escalões jovens. Nós também temos trabalhado para melhorar as nossas prestações, mas faz falta alguém com uma experiência tão grande. Não temos a sorte de ter uma senhora Leong”, confidencia. Depois de um ano fértil em desafios de índole internacional, o Grupo de Xadrez de Macau tem pela frente uma nova época recheada de grandes provas, com o território a marcar presença - nos escalões jovens - quer no Campeonato Asiático (a realizar na Índia), quer no Campeonato do Mundo (a realizar na Turquia). A temporada internacional encerra com o regresso ao Vietname e a participação na II edição dos Jogos Asiáticos em Recinto Coberto, prova em que Macau estará representado apenas por atletas seniores.
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